Nota do Blog: o texto que se segue é uma tradução livre de um fragmento do Capítulo 3 do livro de William Buhlman, "Aventuras Fora do Corpo". A tradução foi realizada a partir da edição em espanhol da obra. Embora se trate de um assunto mais diretamente relacionado às Experiências-Fora-do Corpo (EFC/OBE), resolvi postar esse excelente texto devido às evidentes conexões entre Sonhos Lúcidos e as EFC.
Classificação do Universo invisível
Por William Buhlman
Enquanto a ciencia tradicional segue concentrando-se na capa epidérmica e densa do universo, a exploração e a classificação das dimensões invisíveis começaram sem alarde. Através do intenso processo de tentativa e erro, algumas pessoas deram um passo mais além da matéria e dos limites de nossa tecnologia física atual. As observações efetuadas durante estas explorações não físicas laçaram luz sobre um universo multidimensional de enorme profundidade e beleza.
Se quisermos compreender a estrutura das dimensões invisíveis, devemos ter em conta a capacidade natural de resposta que os sutis entornos energéticos não físicos têm frente aos pensamentos. Mais além da dimensão não física paralela (a primeira), estamos explorando um universo de energia interativo que responde ao pensamento. Assim, uma vez que reconheçamos esta interação entre o pensamento e a energia não física, podemos concentrarmos nas semelhanças energéticas específicas de um nível ou área vibratória concreta. Isto se consegue classificando o modo que um entorno não físico específico responde à energia do pensamento. Este tipo de classificação com base na resposta da energia é muito mais prática que concentrar-se no aspecto das diferenças visuais das distintas dimensões. Duas dimensões vibratórias diferentes e separadas podem parecer surpreendentemente iguais, embora suas frequências vibratórias sejam completamente distintas. Por isso, para julgas os entornos não físicos, não adequados os conceitos físicos tradicionais. Para classificar com eficácia o universo invisível, devemos partir de uma referência ou de um método de comparação novo. O método mais prático é classificar a capacidade de resposta de uma área não física determinada ante o pensamento.
A grande maioria das realidades não físicas têm uma grande capacidade de resposta ao pensamento. Em outras palavras, quando nos separamos de nossos corpos e entramos em uma dimensão não física, nossos pensamentos, tanto conscientes como inconscientes, imediatamente começam a interagir com a energia sutil que nos rodeia e começam a reestruturá-la. A capacidade de resposta das dimensões internas frente ao pensamento explica porque os exploradores extracorporais descrevem com tanta diversidade os entornos que presenciam. Esta situação se complica com a presença dos incontáveis entornos e realidades que existem dentro de cada dimensão individual do universo.
Ainda que o universo tenha uma variedade ilimitada de entornos ou ambientes possíveis, todos os entornos e as dimensões não físicas parecem ter certas semelhanças e diferenças. Cada dimensão ou entorno está formado por frequências ou longitudes de onda específicas de energia. Além disso, cada dimensão e cada entorno parece ser o resultado direto do pensamento. A capacidade natural de resposta ao pensamento das dimensões interiores criou grande parte da confusão e mistério que rodeia os entornos internos. Temos uma tendência natural a relacionar diretamente as experiências não físicas com pontos de referência físicos; comparamos tudo com objetos físicos que conhecemos. Entretanto, as formas moleculares que nos rodeiam não são uma referência válida. Os objetos e os acontecimentos físicos não são o centro do universo, como muitos supõem, mas o resultado final de uma cadeia de reações energéticas que ocorrem no interior invisível do universo multidimensional.
Para compreender a natureza do universo, devemos reavaliar nossos conceitos atuais de solidez, energia e tempo. Devemos manter nossa mente aberta para um novo ponto de vista da realidade. A fim de compreender verdadeiramente a estrutura de nosso universo, devemos investigar a causa invisível da forma e da solidez. Parece-me que a exploração extracorporal nos permite fazer exatamente isso.
A informação relacionada com as dimensões não físicas é mais valiosa do que a maioria de nós reconhece. Não apenas nos ajuda a adaptarmos e a ajustarmos a nosso entorno não físico, como também afeta notavelmente nossa existência física atual.
Até agora, a grande maioria da humanidade morreu sem ter conhecido com entecipação seu destino. A morte manteve-se como um vazio escuro; esperamos coisas boas e oramos por elas, mas quase todos nós nos aproximamos da transição da morte desconhecendo absolutamente qual o nosso destino. Até agora, a humanidade não teve informação comprovável e direta do mistério da vida depois da morte nem das realidades não físicas que então se experimenta.
As experiências extracorporais controladas mudam tudo isso. Na exploração não física, experimentamos os possíveis entornos que serão nosso lugar futuro. Em um sentido muito real, podemos examinar com antecipação e familiarizarmos com nossa morada futura.
OS TIPOS DE DE ENTORNOS ENERGÉTICOS
Uma só dimensão não física pode conter (e às vezes ocorre assim) três tipos de entornos energéticos: de consenso, não consensuais e natural.
Um ambiente de consenso é criado e conservado pelo pensamento de um grupo de pessoas. Por exemplo, os céus de cada grupo religioso são criados pelos pensamentos e as crenças de seus respectivos integrantes. Igual a todas as realidades, a consciência do grupo molda os entornos de consenso. Muitos dos entornos de consenso são extremamente velhos e resistentes à mudança. Embora pareça estranho, as cidades e as comunidades físicas são exemplos de entornos energéticos de consenso. Todas as cidades e povoados se desenvolvem de acordo com os pensamentos de seus habitantes. Em essência, a energia do pensamento humano usa veículos biológicos para manipular e moldar as moléculas físicas que nos rodeiam. O resultado são as estruturas físicas temporais que observamos.
Durante uma experiência extracorporal ou próxima da morte, transferimos nossa noção de consciência a partir do nosso corpo físico para nosso corpo não físico de frequência superior. A isto denomino "mover-se para dentro". Uso o termo movimento porque esta transição de energia com frequência se experimenta como uma sensação de movimento interior. Qualquer referência a um movimento ou exploração interior se relaciona com o reconhecimento consciente de uma área de energia superior.
À medida que exploramos para dentro e nos afastamos da matéria, descobrimos que a primeira dimensão não física é paralela ao universo físico e também é uma realidade de consenso. Este ambiente de energia tem um aspecto tão físico que muitas pessoas pensam que estão contemplando o mundo físico. Na realidade, observam a primeira dimensão energética interna do universo. Devido ao fato desta dimensão ter uma frequência mais próxima da matéria, ela é observada e experienciada com frequência durante as explorações extracorporais. Esta dimensão é um exemplo clássico de uma realidade de consenso: sua estrutura é sólida e estável dentro de sua própria frequência vibratória. Neste ambiente, nossos pensamentos, independentemente de quanto nos concentremos, afetam muito levemente as estruturas de energia. Entretanto, eles exercem um imenso efeito em nosso corpo de energia. Quando pensamos em voar ou em caminhar, podemos fazê-lo. Esta diferenciação entre as mudanças de energia externas e internas (pessoais) é fundamental para compreender a estrutura inerente a uma dimensão ou entorno não físico. Em um entorno de consenso, nossos pensamentos influem em nossa energia pessoal mas não na que nos rodeia. Os diversos céus de que fala São João na Revelação e Maomé no Corão são exemplos clássicos de entornos de consenso. Essas cidades e estruturas não físicas existem dentro da segunda e terceira dimensões de energia e a consciência grupal de milhões de habitantes não físicos as moldam e as conservam. Quando entramos nesses entornos, nossos pensamentos não mudam as estruturas que ali se encontram.
Um ambiente não consensual é aquele não modelado firmemente por um grupo. Tenho considerado que esse tipo de ambiente é o que mais prevalece. O aspecto pode ser qualquer coisa que imaginemos: um bosque, um parque, o mar, inclusive um planeta inteiro. Os ambientes não consensuais são detectados facilmente porque, embora com frequência tenham um aspecto similar ao físico, são muito sensíveis aos pensamentos concentrados e mudam e se reestruturam com rapidez de acordo com os pensamentos conscientes e subconscientes que estão presentes na área imediata.
Si nos encontramos em um ambiente que mudam com frequência ou parece instável, é provável que seja uma realidade não consensual. Nesse caso, é importante que saiba que seus pensamentos, tanto conscientes como inconscientes, provavelmente influíram na realidade que experimenta. Com frequência a mente subconsciente modela as áreas não conscientes para nosso benefício. Por exemplo, se você experimenta um problema ou bloqueio recorrente em seu desenvolvimento pessoal, sua mente subconsciente ou seu eu superior moldará um ambiente que lhe permitirá enfrentar esse bloqueio de uma forma muito pessoal.
Esta confrontação pessoal pode adotar qualquer forma que nos ajude com eficácia a experimentar e superar nossos limites, nossas barreiras ou temores. Muitas pessoas informam que se vêem projetadas em uma situação que as testam de um modo muito pessoal - frequentemente confrontando seus grandes temores ou limitações. Por exemplo, se você sente um imenso temor de alturas, pode ver-se escalando uma montanha ou atravessando uma ponte estreita. Um bom exemplo disto detalha Robert Monroe em Viagens Fora do Corpo, descrevendo sucessivas tentativas de aterrizar um pequeno avião na ponta de um edifício enquanto estava fora do corpo.
Com frequência os ambientes não consensuais parecem semelhantes ao nosso mundo físico normal ou mesmo apresentar um aspecto físico idílico; parques, jardins e plácidos campos verdes. Parece-me provável que tais espaços tenham sido criados pelos pensamentos de outras formas de vida não física que no passado habitaram ou explorara essas zonas. Diferentemente do mundo físico, uma vez formado o ambiente energético, pode durar séculos. Ali a decomposição celular ou molecular não é problema. Um só pensamento criativo, firmemente sustentado, pode modelar um ambiente capaz de durar quase indefinidamente; entretanto, um pensamento mais forte (mais concentrado) pode alterar todo esse entorno em segundos. Lembre-se que todos os ambientes são uma forma de energia e que toda energia em certo grau responde ao pensamento.
Os entornos energéticos naturais (em bruto) são áreas do universo que aparecem sem uma forma específica de nenhum tipo. Estas áreas se observam como vazios brumosos, espaço vazio ou sem elementos, áreas abertas formadas por nuvens de energia brancas, prateadas ou douradas.
Os entornos energéticos naturais são muito sensíveis aos pensamentos. Qualquer idéia focada molda instantaneamente o ambiente. Por isso é importante conseguir certo grau de controle sobre nossos pensamentos. Nossa evolução pessoal depende em grande medida do modo como nos concentramos, controlamos e dirigimos nossa energia-pensamento. Não importa a dimensão que habitemos, nossa responsabilidade pessoal sobre nossos pensamentos e nossas ações é absoluta. Todos os pensamentos são criativos, tanto os positivos como os negativos e reestruturam o ambiente não físico imediato. Por isso os líderes espirituais insistiram sempre em temas como "dar aos demais" e "amar ao próximo". Uma vez que você reconheça a força dos pensamentos, nunca mais gerará ou manterá uma imagem negativa ou destrutiva em sua mente. Os pensamentos negativos ou limitantes são o verdadeiro inimigo que devemos enfrentar. Nas dimensões internas do universo, nossos pensamentos, bons ou maus, influem poderosamente sobre nosso entorno imediato. Isto se observa e se experimenta durante a experiência extracorporal.
Além dos três tipos de entornos que mais prevalecem fora do corpo, existem outros dois.
O primeiro, embora raras vezes se observe, parece estar formado por dimensões e entornos que existem mais além da energia-pensamento. Na verdade, poucos exploradores se aventuraram conscientemente bastante longe para dar-nos uma descrição com modelo preciso destas dimensões. Porque não possuem forma ou estrutura, postula-se que estas áreas do universo existem além do espaço, do tempo e da energia, tal como os concebemos. É possível que estas dimensões e seus habitantes no possam ser descritas mediante nossos conceitos lineares. Não obstante, estou seguro de que nas profundidades do universo interno existem entornos sem pensamentos e sem formas.
O outro ambiente observado é uma área que parece uma duplicata de um espaço vazio. É um ambiente de energia extremamente baixa. Alguns crêem que este espaço não físico seja um ambiente consensual. Eu duvido seriamente desta teoria porque não se emitem radiações ou vibrações energéticas perceptíveis a partir do próprio espaço vazio. Todas as emanações energéticas perceptíveis parecem situar-se próximo de lugares habitados. Parece-me mais provável que esse espaço "vazio" careça de energia suficiente local para que os pensamentos o afetem; como resultado, conserva um estado relativamente constante.
Também deve se assinalado que o espaço não físico vazio parece prevalecer cada vez mais, à medida que nos aprofundamos e nos afastamos da dimensão física em direção à origem de toda a energia. Se desconhece a razão disso. Serão necessárias a observações de numerosos exploradores não físicos antes que cheguemos a uma conclusão.
O universo multidimensional não é só outra teoria; é um fato observável. Quando puser em prática as técnicas extracorporais que explico neste livro, você mesmo poderá verificar este descobrimento. As experiências auto-iniciadas e controladas nos dão uma notável oportunidade de explorarmos as profundezas do universo invisível. A atenção científica atual sobre a atividade molecular densa mudará lentamente para uma forma de investigação baseada na frequência. No século XXI, a ciência começará a reconhecer que as formas densas que nos rodeiam são os veículos externos da energia e que todo o universo físico é só uma parte diminuta do esplendoroso universo multidimensional.
(Fonte: Aventuras Fuera del Cuerpo - Cómo realizar viajes extracorporales - William Buhlman)