domingo, 23 de novembro de 2008

O SONO SEM SONHOS E A FONTE IMANIFESTA - ECKHART TOLLE

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Um sono sem sonhos


Todas as noites, quando entramos na fase sem sonhos do sono profundo, fazemos uma viagem à região do Não Manifesto. É nesse momento que cada um de nós forma uma só unidade com a Fonte. É da Fonte que retiramos a energia vital que nos sustenta quando retornamos ao manifesto, o mundo das formas separadas. Essa energia é muito mais importante do que o alimento: "Nem só de pão vive o homem." Mas não se chega ao sono sem sonhos de um modo consciente. Embora o corpo ainda esteja funcionando, "nós" já não existimos mais nesse estado. Você consegue imaginar o que seria penetrar no sono sem sonhos completamente consciente? E impossível imaginar, porque nesse estado não há conteúdo.

O Não Manifesto não nos liberta, a menos que sejamos capazes de chegar a ele de modo consciente. Essa é a razão pela qual Jesus não disse que a verdade nos libertará e sim que 'conheceremos a verdade, e a verdade nos libertará". Não se trata de um simples conceito de verdade. É a verdade da vida eterna além da forma, que só se conhece de um modo direto. Mas não tente ficar consciente no sono sem sonhos. E altamente impro­vável que você consiga. Na melhor das hipóteses, você pode permanecer consciente durante a fase do sonho, mas não além dela. É o chamado sonho lúcido, que pode ser interessante e fascinante, mas que não é libertador.

Portanto, use seu corpo interior como um portal de entrada para o Não Manifesto e mantenha-o aberto, de modo que você esteja em conexão com a Fonte em todas as situações. Não faz diferença, até onde interessa ao corpo interior, se o seu corpo exterior é velho ou novo, frágil ou rijo. O corpo interior não tem um tempo. Se você ainda não é capaz de sentir o corpo interior, use um dos outros portais, embora, em última análise, todos sejam a mesma coisa.


- Eckhart Tolle: Portais para o Não Manifesto ("O Poder do Agora")

2 comentários:

Barbara disse...

Não vou conseguir colocar em palavras, mas de certa forma, esse texto deu me esperança de alguma coisa.
Fez me sentir menos inútil e menos vazia o fato de existir a minha existência.
Obrigada.

Anônimo disse...

Oi Bárbara,

Esse autor nos ajuda muito a perceber conteúdos interiores que nos passam despercebidos, ignorados ou negados.

Dá uma pesquisada nele.

Abraços,
Célia