O mês de Setembo/2009 foi generoso em experiências. Três delas considero mais interessantes para o leitor do Blog e, por isso, vou postá-las aqui.
1- Uma pequena experiência de Projeção ocorrida em 06/09/2009
Estou começando um outro sonho após a meditação do relaxamento.
No sonho, estou na cama e também em viagem - como na vigília - mas creio que é um lugar de praia.
Também relaxo e medito (no sonho) e uma vibração começa.
Uma música de fundo, meio irritante, acho que é um rock, repete algo como: "Estou entrando na energia...".
A vibração aumenta e sei que não estou na praia, mas, lucidamente, sei que não sei onde estou.
Resolvo interromper o processo e acordar.
Mas o que ocorre é um falso despertar.
Vejo-me acordado, na cama real, porém a vibração continua, para minha surpresa (já que supunha estar acordado).
Um pouco assustado, tento me levantar e, de fato, me levanto, mas a vibração/flutuação continua. Fico ainda mais assustado, imaginando que talvez o "astral" continue descolado, não obstante ter feito tudo para interromper a experiência.
Tento falar com a Ivanise, que dorme ao meu lado, - posso vê-la perfeitamente - mas, para meu desespero, não consigo emitir um som, enquanto que a sensação de flutuação continua !
Agora muito assustado, acabo acordando (de fato), ofegante.
2 - Na noite de 12/09/2009, dois sonhos lúcidos.
1- Uma pequena experiência de Projeção ocorrida em 06/09/2009
Estou começando um outro sonho após a meditação do relaxamento.
No sonho, estou na cama e também em viagem - como na vigília - mas creio que é um lugar de praia.
Também relaxo e medito (no sonho) e uma vibração começa.
Uma música de fundo, meio irritante, acho que é um rock, repete algo como: "Estou entrando na energia...".
A vibração aumenta e sei que não estou na praia, mas, lucidamente, sei que não sei onde estou.
Resolvo interromper o processo e acordar.
Mas o que ocorre é um falso despertar.
Vejo-me acordado, na cama real, porém a vibração continua, para minha surpresa (já que supunha estar acordado).
Um pouco assustado, tento me levantar e, de fato, me levanto, mas a vibração/flutuação continua. Fico ainda mais assustado, imaginando que talvez o "astral" continue descolado, não obstante ter feito tudo para interromper a experiência.
Tento falar com a Ivanise, que dorme ao meu lado, - posso vê-la perfeitamente - mas, para meu desespero, não consigo emitir um som, enquanto que a sensação de flutuação continua !
Agora muito assustado, acabo acordando (de fato), ofegante.
2 - Na noite de 12/09/2009, dois sonhos lúcidos.
Havia meditado antes de dormir, apór ler os ensinamentos de Sri Nisargadatta Maharaj ("Eu Sou Aquilo"). A meditação foi, entretanto um pouco diferente. O relaxamento e o desapego não se direcionaram para um foco definido de cada vez (um pensamento após o outro; ou uma sensação, emoção etc), mas para o contexto todo, o "Eu", incluindo todo o ponto de vista. Há uma sensação de abrangência maior, como se todo o campo visual e também o ponto de vista ficassem incluídos (tal como ocorre na formação do cenário onírico). De uma certa forma, é como se a consciência toda e a percepção como um todo forsse um cenário onírico.
Começa o primeiro sonho lúcido.
Este sonho lúcido começa, creio, quase lúcido.
Estou andando de carro ou bicicleta em uma rua estreita e arborizada. É na Vila Paulicéia, bairro de São Bernardo do Campo, na Grande S.Paulo.
Um ônibus se aproxima, no sentido contrário, e sou obrigado a entrar na calçada para não bater de frente, pois a rua é bem estreita. Na sequência, prossigo no caminho, viro a esquina e vejo que há uma espécie de Clínica ou Hospital, à minha esquerda. Curiosamente, é possível ver os doentes a partir da própria calçada onde me situo. Continuo a andar e, nesse ponto, não me lembro como, já estou ciente de que se trata de um sonho (sonho lúcido).
Vejo que há um edifício decadente à esquerda e resolvo flutuar até seus andares superiores, para explorá-lo. É um edifício pequeno, parece abandonado. Atravesso a janela e começo a verificar o que há dentro dele. Há um armário com muitos pequenos objetos em desordem e procuro examiná-los detidamente, porém acabo acordando.
O segundo sonho lúcido da noite.
Estou com minha irmã em um lugar alto, talvez um edifício, com uma grande janela ao fundo. É noite e vejo um avião em rota descendente, voando muito baixo. Percebo que é um sonho (sonho lúcido) e estico o dedo. Quando o estico, este se parte. Observo curioso a ponta que se partiu e, quando tento recolocá-la na mão, percebo que esta já está inteira novamente !
Mentalmente, "corrijo" a rota do avião, para que não caia.
Resolvo procurar um mestre ou guru para que me dê instruções por meio do sonho.
Ao me ocorrer essa idéia, vejo na rua, mais embaixo, uma figura masculina, semelhante a Jesus Cristo, que me pareceu um tanto estereotipada.
Aproximo-me, mas talvez imbuído dessa suspeita de "farsa", vem à minha mente que há muitos "falsos mestres" e que devo sentir uma conexão direta e íntima, tal como menciona Maharaj em seus ensinamentos.
Em busca do mestre e já bem lúcido, ando pela rua, onde percebo haver muitas pessoas estranhas andando na calçada, alguns me observando. Fico tentado a "puxar conversa", mas estou bem lúcido e continuo em minha busca. No caminho, estico o dedo várias vezes, para me certificar de que ainda estou sonhando.
Entro numa loja e vejo um homem de uns 30 anos que, não sei porque, acredito que possa ser útil em minha busca.
Abordo-o sutilmente, perguntando-lhe se sabe algo sobre sonhos lúcidos. Ele responde que "sim", parecendo intrigado. Digo-lhe que isto tudo é um sonho e acho até que estico o dedo em sua frente. Ele fica impressionado e chama (ou simplesmente aparece) sua namorada, indiana. Ele diz a ela que eu sei muito sobre sonhos lúcidos e ela quer saber mais. Digo a ela que tudo isso é um sonho, mas percebo que ela interpreta essa afirmação no sentido "usual" das escrituras indianas ("toda experiência é um sonho" etc).
Digo-lhe que não, que isso é REALMENTE um sonho e estico o dedo em sua frente, vôo um pouco e afundo no chão ! Ela então diz que vai me apresentar a uma outra pessoa. Digo-lhe que estou à procura de um mestre ou guru e ela diz algo sobre ter que ir a um lugar, no passado. Respondo ou penso que isso vai ser mais difícil.
Ela me pergunta se sei que para ir ao passado deve-se tratá-lo como futuro e que se deve fazer tudo muito lentamente (imaginei, "câmera lenta", slow motion).
Digo-lhe que não, que isso é REALMENTE um sonho e estico o dedo em sua frente, vôo um pouco e afundo no chão ! Ela então diz que vai me apresentar a uma outra pessoa. Digo-lhe que estou à procura de um mestre ou guru e ela diz algo sobre ter que ir a um lugar, no passado. Respondo ou penso que isso vai ser mais difícil.
Ela me pergunta se sei que para ir ao passado deve-se tratá-lo como futuro e que se deve fazer tudo muito lentamente (imaginei, "câmera lenta", slow motion).
Pergunta-me se já sabia tudo isso - como se fosse algo elementar - e respondo-lhe que nunca tinha ouvido falar disso. Ela fica surpresa, pois como seria possível eu praticar então os sonhos lúcidos ? Disse a ela que essa prática começou com a meditação budista. Ela considerou isso insuficiente, concluindo que eu devo ter habilidades pessoais, já que não havia tido um treinamento específico.
Chegamos então até um homem de aparência oriental. Ele me diz que eu deveria ir a um lugar que fica - eu creio - próximo a um restaurante iraniano. Peço-lhe que me dê mais detalhes, e rápido, pois nem sei em que cidade estava e o sonho vai acabar logo.
Quando ele ia responder o nome da cidade, acordo !
2 comentários:
JHolland,
O teu segundo sonho lúcido é fantástico. Na minha interpretação, sonhaste que necessitavas de um Mestre e ele apareceu-te, sem duvida, na figura da mulher.
O ensinamento sobre o Passado é magnifico. Meditei um pouco nele, mas confesso que acheio-o mistérico.
É impressionante como o mundo "real" e o onirico se misturam. É como se não fossem distintos e em cada um houvesse um pouco do outro.
Tudo se resume à consciencia. No mundo "real", enquanto vivermos de forma inconsciente é como se estivessemos a sonhar: as nossas acções, maioritariamente, não dependem da nossa vontade. A nossa vida assume maior controlo e profundidade quando passamos nós próprios a comandá-la "de dentro para fora", e isso acontece com a tomada gradual de consciencia. Passa-se exactamente a mesma coisa no mundo onirico.
Dizem-nos que o mundo onirico não é real porque muda constantemente. Sabemos que é uma criação mental nossa porque altera-se mais rapidamente do que o mundo "real". Mas o mundo "real" também altera-se, embora não tão rapidamente. Então, de quem será o sonho do mundo "real"?
Richard !
Tudo isso é mais ou menos o que eu "penso".
Creio mesmo que para o "inconsciente" - na verdade, nosso "eu" mais profundo ou nossos outros níveis de consciência - a vigília ordinária é vivida como um sonho.
Na perspectiva desse "eu profundo" (ou "eus"), a vigília é experienciada como um sonho.
Simetricamente, essa é a forma pelo qual nosso "ego" vivencia e experimenta o sonho.
Outro dia veio-me o seguinte: os sonhos traduzem nossas experiências e vivências do AGORA.
Como normalmente percebemos esse agora de maneira muito difusa, os sonhos costumam ter baixo grau de lucidez.
O agora seria assim o ponto de convergência de todas as nossas consciências: o ponto onde a lucidez se manifesta. A vigília e os sonhos nele se encontram e os medos e apegos desaparecem.
Será que é isso que a personagem do segundo sonho quis dizer ? Terei que aguardar os próximos ensinamentos !!
Abraços !
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