sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Um Encontro com o Mestre em Sonho?


Hugo
Pequeno relato (Mestre interior)
Já li em alguns lugares que uma das coisas legais de se fazer quando tem um sonho lúcido é tentar procurar o seu "mestre interior". Eu sempre tentava ter SL e fazer isso, mas chegava na hora eu sempre esquecia, e fazia outras coisas: Como voar, na maioria das vezes.Outro dia eu me elmbrei, e procurei pelo meu mestre interior. Não deu 10 segundos de procura, encontrei um homem de uns 50 anos, sentado num banquiho. Suas feições eram uma mistura de eskimó e ocidental, seus cabelos pretos começando a ficarem brancos. Quando o vi tive certeza: "É ele!", mas fiquei em dúvida sobre o que perguntar.A dúvida não durou muito. Antes que eu pudesse falar, ele disse de forma clara e pausada:"Você deve ser como uma caixa de ferramentas. Você deve viver para os outros."Fiquei confuso e pouco depois me vi em minha cama novamente. Foi uma experiência muito louca!

Hugo
Up! Novo sonho com mestre interior

Bom, depois daquele sonho com o meu mestre interior, fiquei intrigado com a mensagem dele: Você deve ser como uma caixa de ferramentas. Você deve viver para os outros."Hoje tive outro sonho lúcido, e na mesma hora procurei novamente meu mestre interior. Quando virei o rosto vi um negão fortão, de braços cruzados e mal encarado olhando para mim. Sabia que era ele.

Antes que eu pudesse falar qualquer coisa ele disse: "cale-se!" Fiquei quieto. Depois disso ele se transformou em uma criatura franzina, branca com pelos vermelhos na cara (parecia um macaco mutante, com um rosto demoniaco). Então ele disse:
_Quer que eu te fale tudo de uma vez ou conte só o começo, para que se lembre com mais facilidade?
_Pode falar tudo. Mas antes, uma pergunta: Você é o mesmo mestre interior que encontrei antes? O japonês?
_Claro que não, UHAuhauhuha.
_Ok então, pode começar.
_Escute bem. grave o que vou dizer... lá vai: O Indio foguinho foi subestimado!
_Indio foguinho???
Aí ele começou a rir debochadamente de mim.
Até agora não sei o que ele quiz dizer com Indio foguinho UHAuhmAIuhAUHuhA.




http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=57010&tid=2552089289774962576&na=4

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Sonho lúcido e falso despertar

Estou em um lugar com muitos móveis, como em um pequeno hotel (com mesas e estantes de madeira). É uma sala comprida quase um corredor. Estou explicando para alguém como é ter um sonho lúcido. Digo que enquanto fazemos uma determinada coisa - por ex. andar - basta querer que conseguimos voar, por ex.
Enquanto explico isso, resolvo mostrar esse exemplo, pois "quando tenho sonhos lúcidos, estes são bem reais...".
Assim, chego a brincar, mostrando (e dizendo) que:
"ao andar nesta sala, por exemplo, se isso fosse um sonho, poderia dar um salto sobre a mesa ou me enfiar na prateleira desta estante, ultrapassando-a."
Para minha enorme surpresa, no momento em que dou esse exemplo, ocorre o inesperado, pois, de fato, vôo sobre a mesa e me enfio e atravesso a prateleira da estante.
Descubro, estupefato, que tudo é um sonho !
Agora lúcido, resolvo voar e percebo que o sonho já começa a se desestabilizar. Lembro-me, então, de girar meu corpo, a fim de ficar tonto, uma conhecida técnica para manter o "onironauta" sonhando. E, de fato, o sonho continua...
Resolvo, então, encontrar uma mulher atraente, mas o sonho volta a ficar instável.
Não me lembro muito bem o que ocorre, mas creio que tenho um falso despertar dentro do sonho, voltando, portanto, a sonhar...
OBS: o sonho seguinte é uma espécie de pesadelo, porem deixarei de descrevê-lo aqui pois não se tratou de um sonho lúcido. Quando acordei, estava muito mais impressionado com este último sonho, razão pela qual, penso, algumas impressões e detalhes do sonho lúcido se apagaram, principalmente a parte final.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Sonho Lúcido - CONVERSANDO COM O DIABO

Este sonho ocorreu no sábado, 16/02. Neste dia, assisti ao DVD do Livro Tibetano dos Mortos.
Vamos ao sonho:

Estava andando no corredor de casa rumo ao meu quarto. Entro no quarto e vejo o diabo sentado na minha cama!!! Fiquei paralisada de terror. Lembro-me que meu coração batia com muita força e o medo era indescritível.; uma mistura de terror, fascínio e alucinação. O diabo começa a me dizer que eu tenho nojo/medo de barata - e tenho mesmo - porque eu já fui uma e projeto todos os meus venenos nela. O diabo está de pernas cruzadas sentado na minha cama e, de repente, olho para janela (acho que estava tentando escapar daquela situação. Tudo se passou muito rápido) e vejo meu cachorro me olhando e ele não late para o diabo e nem percebe que estou apavorada. Neste momento, me dou contaque estou sonhando. Penso assim: numa situação de verdade o Tom Zé latiria para o diabo. Vem um alívio enorme! Viro para o diabo e calmamente digo que aquilo é só um sonho, apenas uma imagem, não é real. O diabo não fala mais nada e eu sento na janela para conversar com o Tom Zé (meu cachorro)

Os Sonhos e o Budismo Tibetano

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O estado de existência que nos encontramos durante a meditação ou os sonhos é compreendido segundo o budismo tibetano como sendo um Bardo (sânscrito: Antarabava). De acordo com esta tradição, também existem outros Bardos que serão os nossos estados de existência que se darão no período compreendido entre a nossa morte e nosso posterior renascimento.
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Ainda segundo esta tradição, a meditação e os sonhos, ambos podem ser utilizados para fim de nos preparar para a morte, para esses nossos futuros estados de existência. Nos preparar porquê? Segundo esta tradição a morte é um processo natural, no entanto, ainda assim, para muitos indivíduos, esta transição de estado é uma situação extremamente amedrontadora e que causa grande sofrimento. Isso porque, tudo aquilo que acumulamos nesta vida, tudo aquilo que até então era importante para nós - nossos familiares, amigos, posses, e especialmente nosso corpo - será perdido com a morte. O Bardo da meditação e o Bardo dos sonhos são oportunidades que temos para melhor compreendermos a realidade em que estamos, e também, as transições entre estes estados de realidade.
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Nesse sentido, alguns conceitos tais como o da ilusão sansárica, em que a vida aqui nada mais é do que uma espécie de sonho; ou então, o conceito da impermanência das coisas, de que nada dura muito, que tudo é impermanente, de que os seres através da história, não importando o quão grandes, ricos ou poderosos, sempre se depararam com estas mudanças de estado: nascimento, doença, velhice e morte; etc. são exemplos de conceitos fundamentais para fim de nos encontrarmos mais equilibrados e menos aptos a sermos dominados pelas emoções e pelo sofrimento desta mudança inevitável.
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No budismo tibetano uma prática relacionada com os sonhos é mundialmente conhecida como Dream Yoga (yoga dos sonhos). Nesta prática busca-se a lucidez no sonho (a consciência de que o sonho é apenas um sonho). Neste estado, assim como num estado de meditação profunda, os níveis de nossas ondas cerebrais encontram-se em um nível muito baixo, o que nos permite o isolamento do mundo externo, e também de nossas sensações corporais, e um maior contato com as raízes inconscientes de nossas estruturas mentais, muitas das quais geram as conseqüências negativas que vivenciamos no mundo cotidiano. Nesse sentido o yoga dos sonhos é uma técnica de auto-conhecimento, controle, purificação e desenvolvimento mental, e, como falado inicialmente, também uma forma de nos preparamos para as transições de estados existenciais.


Referências:
Rinpoche, Chagdud Tulku. Vida, Morte, Sonhos e Meditação: os Seis Bardos.
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Sono, Sonho e Meditação

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Existe uma profunda ligação entre o sono, a meditação e os sonhos. O estudante que quiser progredir na ciência da meditação deve aprender a provocar e controlar o sono. Meditação sem sono prejudica o cérebro e não traz resultados. Quando o estudante começa a meditar de forma correta, numa primeira etapa experimenta as realidades ocultas na forma de sonhos. Vêm-lhe à mente muitas imagens confusas, enigmáticas e profundamente simbólicas. Despreparado, não consegue entender. Mas, se for persistente, começará a compreender o que eles (os símbolos) significam em sua vida interior e que papel representam.

Numa segunda etapa, o estudante deixará de sonhar. Se dará conta que está fora do corpo físico e então começará a exercer domínio sobre o processo. Quando uma pessoa se dá conta que está no mundo dos sonhos, pode conduzir a experiência. Isso representa um gigantesco passo dado rumo ao despertar da consciência. Muito mais tarde, no tempo, o estudante que persistir em sua disciplina dos sonhos e da meditação, acordará ou andará totalmente desperto nas dimensões sutis da natureza, podendo ali penetrar ou delas sair à vontade.
A meditação é fundamental para o desenvolvimento dos chakras. Quanto mais se meditar, quanto mais profunda for a meditação, mais elevados serão os planos de consciência que se atingirá. Dia virá em que o estudante obterá o êxtase, o samadhi, o satori, o desprendimento total da alma ou da consciência de todas as amarras da matéria física, emocional e mental. Então, como São Tomás de Aquino, poderá dizer: "Tudo que antes havia lido, tudo que sabia através dos outros não passava de água de rosas...".

Fonte:
http://yogadossonhos.blogspot.com/

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O Povo Sonho

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Reedição de "Maggie's Farm", Alternative Network Magazine Edição n2 36, 1987

No meio da névoa encoberta das montanhas da Malásia Central, vive o extraordinário senoi - o Povo Sonho. A tribo senoi é uma cultura única e admirável que tem sido um quebra-cabeça para os antropólogos desde os anos 30. É um povo completamente pacífico. Eles não têm sistema nu­mérico, linguagem escrita nem nenhuma tecnologia. Ainda as­sim, entre eles há cientistas surpreendentes com alto nível de sofisticação mental, social e bem-estar emocional.

Esse povo admirável é mestre no que nós, no Ocidente, chamamos de "resolução de conflitos". O segredo deles está ligado, de algum modo, ao fato de que a vida diária senoi ba­seia-se inteiramente em seus sonhos. Apartir do momento em que uma criança senoi pode falar, aprende a sonhar e a proje­tar a vida nos sonhos para dominar as forças que eles revelam.
Os sonhos são a verdadeira inspiração e fé dos senoi, pois eles acreditam que os sonhos revelam a mais profunda realida­de, a "palavra do espírito", da qual os eventos que experimen­tamos se originam.

Os pais senoi encorajam seus filhos a viajar por localidades específicas em seus sonhos - como as florestas que existem na região - para ver se a pesca ou a caça serão boas no dia seguinte.Espera-se que as crianças projetem suas almas além das fronteiras normais, pois eles acreditam que isso as torna carismáticas e fortes. Por outro lado, o medo conduz a alma de uma pessoa para o seu corpo o mais profundamente possível, o que, para os senoi, é uma condição desfavorável, que conduz à doença. Os senoi ensinam suas crianças a soltar os medos re­primidos através dos sonhos, que funcionam como uma "válvu­la emocional segura". Eles acreditam que qualquer coisa expe­rimentada num sonho pode ser usada com vantagem ou desvantagem, desde que o sonhador seja sábio o suficiente para saber usá-Ia.

A educação extensiva do sonho que as crianças senoi re­cebem em seus primeiros anos de vida tem produzido uma so­ciedade na qual os sonhos desempenham uma posição central na interação com os adultos. Eles são seriamente discutidos nos conselhos dos vilarejos, e decisões sobre onde e quando a terra deve ser semeada não são tomadas até que seja permitido sonhar com isso.
Quase toda a arte senoi, incluindo música, dança e deco­ração, é inspirada pelos sonhos, assim como a religião senoi. As crianças são planejadas e têm seu nome escolhido através dos sonhos, que desempenham também um papel importante no diagnóstico e tratamento das doenças. Os jovens encontram suas esposas primeiro em sonhos, e assim que ficam sabendo quem é ela e onde está viajam para encontrar a garota de seus sonhos!

Os senoi são "animistas" que acreditam que tudo na sel­va abundante a seu redor tem uma essência espiritual viva. Eles não vêem a si próprios como geradores de consciência, como nós, no Ocidente, mas sim como "canais" da essência vital, que é muito maior que qualquer indivíduo. A consciência é consi­derada mais importante que tempo, espaço ou matéria. E a base dessa crença é a evidência real dos sonhos, pois eles po­dem, muitas vezes, revelar uma visão do futuro ou um evento muito distante para ser conhecido por meios normais.

Talvez a característica mais impressionante dos senoi seja a timidez. Senoi simplesmente significa "gente", e os antro­pólogos acreditam que eles sejam os últimos remanescentes de uma cultura antiga de uma sociedade sofisticada que se esten­deu por todo o Sudoeste da Ásia, mas foi pressionada para o interior das montanhas devido a invasões de povos agressivos e mais avançados tecnologicamente.Os senoi são pessoas extremamente gentis que abomi­nam a violência e têm um grande orgulho ao dizer: "Nunca sentimos raiva, somente os estrangeiros sentem raiva". Eles evi­tam os estrangeiros e a confrontação, retirando-se para o inte­rior da mata para sonhar.

Como quase nenhuma violência ou crime existe em sua cultura, os senoi nunca tiveram necessidade de criar um siste­ma de autoridade. Qualquer disputa (geralmente em relação às mulheres) é ouvida por um grupo selecionado para julgar o assunto tão rápido quanto possível. A única idéia tradicional de status é o título de "Tohat", ou curador. As crianças senoi não tomam parte em jogos competitivos, mas brigam e brincam como qualquer criança.

Pesquisadores acreditam que o equilíbrio psicológico extraordinário que caracteriza a sociedade senoi se deve ao fato de que as pessoas são criadas para apreciar a força fundamen­tal e psicológica que os sonhos revelam. A falta de conflitos na sociedade senoi é atribuída à sua técnica de dissipação de ten­são social em seus sonhos, que impede que essa tensão se ma­nifeste durante as horas em que estão acordados.

Os senoi são de uma gentileza fora do comum durante as horas em que estão acordados e acreditam que a violência nos sonhos não é ruim, pois matando as imagens que causam o terror eles destroem seu poder de ferir. Dados psicológicos de vários grupos revelam uma habilidade considerável para con­quistar "inimigos fantasmas" e encontrar "tesouros" em seus sonhos.
O adolescente senoi aprende a tocar o "poder" de seus sonhos através do desenvolvimento de relacionamentos pro­fundos, que duram a vida toda, com os "espíritos" que eles encontram em seus sonhos - os Gurag, ou ajudantes dos sonhos, que são considerados professores e dão aos senoi o dom das canções, das danças e dos poderes especiais.

A prática dos sonhos dos senoi funciona a partir do prin­cípio de que, acordados, criamos imagens de pessoas e objetos que vemos ao nosso redor. Através dessa gratidão pelo uso ati­vo do sonho, os senoi estão constantemente conscientes de que, num certo nível do nosso ser, estamos intimamente conectados com todos e com tudo o que conhecemos. Os senoi acreditam que tudo é vivo, reconhecem que o mundo, como o percebemos, está cheio do nosso próprio espírito e enten­dem que todos nós criamos o mundo que experimentamos. Através de seus sonhos, os senoi encontraram um meio de libe­rar o potencial criativo e ter acesso aos tesouros mais profun­dos da alma humana.

“COMUNHÃO INTERIOR” de Sondra Ray, Editora Gente, 1999

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sábado, 9 de fevereiro de 2008

LÓTUS DO SONHO



TARTHANG TULKU
A Expansão da Mente



Nos sonhos, podemos fazer o impossível - podemos trans­formar nosso corpo, usar de telepatia e até voar. Nosso estado de sonho é como sondar as profundezas do oceano, ao passo que nosso estado de vigília é como navegar na superfície do mar. Como os sonhos não são elaborados de forma consciente, mas brotam espontaneamente, conseguem se desviar dos filtros exis­tentes em nossa consciência do estado de vigília. Nossos sonhos podem nos levar a um conhecimento inalcançável em estado desperto.

Todavia, nem sempre é fácil trabalhar com o estado de so­nho, pois ainda precisamos usar nossos conceitos comuns para entrar em contato com as experiências oníricas. Há formas, po­rém, de nos sintonizarmos com a densidade e o ritmo do padrão dos sonhos, e, assim, explorarmos essa fonte de conhecimento. Uma delas é praticar certas visualizações logo antes de irmos dor­mir.

A fim de favorecer este tipo de visualização, o ideal é criar uma qualidade de sentimento adequada, relaxando-nos de mo­do profundo, imediatamente antes do sono. Em especial, relaxe a cabeça e os olhos, os músculos do pescoço e as costas, e, por fim, relaxe todo o seu corpo. Solte toda a tensão e, limpando a mente tanto quanto possível, simplesmente fique deitado e res­pire de forma muito lenta e suave. Deixe seu corpo e sua mente sentirem a qualidade leve e reconfortante do relaxamento.

Em seguida, conduza a mente da maneira delicada como você, talvez, conduziria uma criança pequena. A mente gosta muitíssimo de sentimentos; por isso, faça-a assentar-se com sen­timentos calorosos, alegres e tranqüilos. A mente pára de ficar pulando de um lugar para outro; suas preocupações e conceitos vão desaparecendo e você será capaz de relaxar profundamente. Agora, você está em condição de visualizar de modo eficaz.

Quando você estiver se sentindo bem calmo e sereno, visua­lize uma flor de lótus linda e suave, em sua garganta. O lótus tem pétalas rosa-claro que se curvam ligeiramente para dentro; e, no centro deste lótus, há uma chama luminosa de cor laranja avermelhado, que é clara nas bordas, passando a uma tonalidade mais escura no centro. Olhando com bastante suavidade, concentre-se na ponta da chama, e continue a visualizá-la tanto tempo quanto puder.

Esta chama representa a atenção pura, que tem a mesma qualidade luminosa da energia do sonho. As experiências da nossa vida no sonho e no estado desperto têm características diferentes. Mas, visto que sua estrutura é essencialmente a mes­ma, a atenção plena de um estado pode passar desimpedida pa­ra o outro.

Continue a manter a imagem do lótus e da chama. À me­dida que você faz isto, observe como os pensamentos surgem e como a imagem visual do lótus se entrelaça com eles. Note como esses pensamentos e imagens refletem as suas próprias associações, passadas e presentes, bem como as suas projeções futuras. Observe este processo, mas continue a se concentrar no lótus, de modo que sua visualização permaneça clara.

Pode ser que outras imagens continuem a entrar em sua mente, e talvez você sinta que não possa conservar a mente li­vre de pensamentos nem por um minuto. Não se preocupe com eles; apenas observe o que acontece, seja o que for. Embora ou­tras imagens e pensamentos apareçam na mente, enquanto o fio da visualização permanecer intacto, ele vai se transpor para o sonho. Todavia, tentar interpretar ou "pensar sobre" sua visua­!ização quebrará este fio. Cria-se um hiato entre o estado de vi­gília e o do sonho, e sua visualização e sua atenção pura se per­dem; sua atenção pura vai se perder no sonho. Portanto, tome cuidado para não forçar a visualização; apenas deixe que ela aconteça, mantendo, porém, sua concentração no lótus.

Deixe que a forma se reflita sobre sua atenção pura até que sua atenção e a imagem se tornem uma só coisa. Então, não ha­verá espaço para pensamentos - esta é a contemplação plena. Quando a concentração é completa, sujeito, consciência, objeto, imagens, todos se tornam uma só coisa.

De início, quando você passa para o estado dos sonhos e as imagens aparecem, talvez você não se lembre de onde elas vie­ram. Porém, sua atenção pura irá naturalmente se desenvolver, até que você seja capaz de ver que está sonhando. Quando ob­servar com muito cuidado, será capaz de ver toda a criação e a evolução do sonho. As imagens do sonho, que a princípio são borradas e difusas, vão se tornando claras e abrangentes.

Esta atenção clara é como ter um órgão especial de cons­ciência que nos possibilita ver o estado de vigília a partir do es­tado de sonho. Por meio desta prática, podemos ver uma outra dimensão da experiência, e ter acesso a uma outra forma de co­nhecimento de como a experiência surge. Isso é importante, pois, quando sabemos isto, podemos moldar nossas vidas. As imagens que emergem da atenção pura no sonho irão intensificar nossa atenção pura no estado de vigília, permitindo-nos ver melhor a natureza da existência.

Com prática continuada, vemos cada vez menos diferença entre o estado de vigília e o estado de sonho. Nossas experiên­cias na vida acordada se tornam mais vívidas e diversificadas, como resultado de uma atenção plena mais leve e refinada. Não ficamos mais limitados pelas concepções convencionais de tem­po, espaço, forma e energia. Dentro dessa perspectiva mais vas­ta, podemos também verificar que os assim chamados feitos e lendas sobrenaturais dos grandes ioguins e mestres não são mi­tos ou milagres. Quando a consciência une os vários pólos da experiência e passa além dos limites do pensamento convencio­nal, poderes ou habilidades psíquicos são, na verdade, naturais.

Este tipo de atenção plena, baseada na prática com sonhos, pode ajudar a criar um equilíbrio interno. A atenção plena alimenta a mente de um modo que nutre todo o nosso organismo. A atenção plena lança luz sobre facetas da mente até então não vistas, e ilumina o caminho para que exploremos dimensões sem­pre novas da realidade.

Sonho lúcido reflexivo

Este sonho me ocorreu nesta manhã, após um período acordado no final da madrugada, intervalo este em que meditei por cerca de 1 hora (meditação de concentração com foco na respiração). Após o período de meditação, resolvi voltar a dormir, porém ainda tentando conservar a lucidez, utilizando uma variante da técnica WILD, focando, porém, na vontade (ou melhor "firme propósito") de manter-me lúcido.

Acredito que essas práticas influenciaram bastante na formação do sonho lúcido, inclusive porque, parece-me, já entrei em sonho parcialmente lúcido, o que se refletiu no caráter "reflexivo" do sonho, como se verá a seguir.

Após acompanhar a formação de diversas imagens e "proto-sonhos", não sei bem quando mergulhei em um sonho mais estável e longo, de modo que o que relatarei aqui é a parte final de um sonho mais longo.

Estou no banco de trás de um carro, olhando para trás, observando a paisagem que se afasta enquanto o veículo anda. Penso mais ou menos o seguinte:

- "É engraçado, pois em um sonho sempre ocorrem coisas estranhas e aqui nada de errado está acontecendo, exceto por aquelas árvores lá longe, com formato meio esquisito, mas não são tão estranhas assim...". - Esse pensamento ocorria enquanto observava atentamente as árvores ao longe, e, ao mesmo tempo, tentava observar na paisagem e dentro do carro qualquer sinal que me confirmasse tratar-se de um sonho.

Então me ocorre uma idéia:

- "Talvez eu não esteja CONSEGUINDO detectar o que está estranho, pois em um sonho SEMPRE ocorrem coisas estranhas...Já sei! Talvez o MOTORISTA seja estranho !"

Porém, ao invés de me virar para a frente e observar o motorista, RESISTO A ESSA IDÉIA e continuo a olhar a paisagem. Surge então uma reflexão dentro do sonho: "por que será que não desejo olhar o motorista?"

Parece-me que a resistência ao desejo de olhar o motorista ocorria em razão de falta de lucidez. E, indo mais longe, esse fenômeno também ocorre na vigília: talvez não tenhamos tanta frequência em sonhos lúcidos (e mesmo mergulhar em meditação profunda) em razão de um certo comodismo, uma falta de vontade, um apego ao "conforto" em não ficar lúcido, uma espécie de preguiça, que nos põe a mover em direção à alienação. Creio ser essa a mensagem do sonho, nesse momento.

Não obstante, a lucidez aumentaria mais tarde, nesse mesmo sonho.

Não está claro em minha memória o que ocorre em seguida, tentarei narrar da forma que me parece mais provável, embora alguns fatos talvez estejam em ordem invertida.

Lembro-me que após aquela reflexão sobre o motorista, adormeci dentro do sonho, sonhando que estava em um pátio em frente de uma casa. Olho para baixo e vejo um pequeno inseto, que se transmuta em minha frente, voando em seguida. Penso:

-"Agora sim ! Isto é uma coisa estranha, como num sonho !"
Então, completamente consciente de que se trata de um sonho, tento voar, mas não consigo. Mas como já sei que é um sonho, persisto e consigo flutuar na rua.
Me vejo então na Av. 9 de Julho, flutuando entre as pessoas e veículos. Minha mãe aparece na calçada e exclama:
- "Então voce agora já consegue fazer isso no meio de todo mundo e em plena luz do dia !"
Resolvo então voar mais alto e posso agora vislumbrar os edifícios de apartamentos.
Aqui, como em outro sonho e em situação semelhante, fico um pouco confuso, pois tento "me lembrar" o que eu deveria fazer ou procurar, uma vez estando lúcido no sonho. Só que, agora, ao invés de acordar, respondo para mim mesmo:
- "Não importa, o que eu devo fazer é desfrutar do sonho !"
Minha interpretação aqui é de que, em um sonho, não podemos ser cínicos e mentir para nós mesmos. Assim, idéias elaboradas a partir de meras racionalizações não são bem-vindas dentro dos sonhos. Nestes, somos aquilo que realmente somos ! No caso, poderia ter feito "algo melhor", sem dúvida, porém, esse "algo" deveria estar em consonância com todas as esferas da mente (as vontades inconscientes etc). Por isso, o "desfrutar o sonho" foi uma espécie de "consenso" interno entre as diversas instâncias da mente.
Provavelmente em razão dessa idéia - "desfrutar o sonho" - vejo ao longe, em um dos apartamentos, uma mulher loira, de sutiã, na janela. Vôo até ela, mas ao me aproximar, sua face está nublada, pouco nítida.
Aqui começo a acordar...
Ou melhor, quase.
Pois ao acordar, permaneço de olhos fechados, em estado de sonolência, apenas observando o vermelho das pálpebras fechadas.
Sinto um adormecimento nas pernas, mãos e lábios, uma sensação agradável.
Entretanto, meus pés parecem se mover, apesar de me encontrar completamente imóvel.
Permaneço assim talvez pos uns 2 minutos, apenas sentindo essa sensação, de olhos fechados.
Enquanto isso, me ocorre que talvez seja essa a sensação daqueles que experimentam viagens astrais.
Fico nesse estado por mais algum tempo e parece que começo a ver o quarto em que me encontro, embora de olhos fechados. No entanto - verificarei mais tarde - esse quarto, ainda nublado, não é o quarto em que realmente me encontro, o que me levará a supor, mais tarde, já acordado, que talvez estivesse entrando novamente em estado de sonho. Ou não ?

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Mergulho no subconsciente

Thomas Merton


Logo após começar as preces contemplativas, as portas de sua mente subconsciente abrem-se, e toda sorte de figuras curiosas começam a surgir valsando em cena. Se você for sábio, não irá prestar atenção a essas coisas. Permaneça simplesmente atento à Deus e mantenha sua vontade calmamente direcionada a Ele, num simples desejo, enquanto a intermitente sombra desse filme irritante vai para o remoto pano de fundo. Elas não vão machucá-lo - não fique ansioso por essas imagens. É o trabalho divino de Deus - não intrometa-se no Seu trabalho durante a oração.

Thomas Merton, do livro Novas sementes de Contemplação

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Técnica "WILD" (induzindo lucidez desde o início)

Transcrevo abaixo um "tutorial" da técnica "WILD", que se propõe a induzir sonhos lúcidos a partir do início do sonho. Ou seja, entra-se no estado de sonho sem perder a lucidez.



O tutorial abaixo, em inglês, contém 3 diferentes técnicas ("the breathing method" ; "the third eye method" e "the make your own method"), porém todas elas partem de princípios semelhantes: busca-se a manutenção da atenção consciente até que as imagens oníricas começem a se formar após o estado hipnagógico.


Assim, por exemplo, o onironauta conta sua respiração no momento que inspira e, ao expirar, repete mentalmente "estou sonhando". Ao perder a consciência, a repetição mecânica dessa espécie de "mantra" carrega a mensagem (e a consciência) até o momento em que as primeiras imagens oníricas começam a se formar.




Segue o texto (em inglês), extraído do site: http://www.dreamviews.com/community/showthread.php?t=30783


There's three different tutorials in this one topic, the way this works is that you read through the post just like normal until you come the method selection section, you can either go with the "concentration induced WILD" , "The Third Eye Technique", or go all freestyle on my ass and use the "Make your own method- method".


WILDs are very strange things... sometimes you'll fall directly into the dreamstate like 10-20 minutes after starting, and other times it can take a good 2 hours to begin to actually enter a dream.
Keep in mind that very rarely will two WILDs be exactly the same.

Yes you can go to bed a couple minutes after you wake up, the important thing is to have been asleep 5-7 hrs before getting up to WILD, everyone's different with WILDing, thus what you have to do is adjust the WILD to fit with your bodies needs, ill try and make out a step by step list of things I do before, during, and after I WILD. Ill also mark the parts that can be changed for your special needs.

I'll label these in steps.


Try to have had a steady sleep schedule for the past couple of days (ex: going to bed at 8 PM and getting up at 6 AM for the past three days)


Now go to sleep at the time you've been going to sleep at for the past three days and set an alarm to wake you after you've slept for 5 1/2-7 hrs (I usually go to bed at 8 PM and set my alarm for 3 AM on WILDing days)


Wake up at the set time (remember you MUST have slept for at least 5 1/2-7 hrs or else it will be extremely hard to WILD, also I find it helpful to have at least another 2 hrs of darkness outside when you wake up after your 5 1/2-7 hrs, but its not necessary) at this time you'll most likely feel outright like a pile of shit ( yeah I tried) but seriously even if you don't feel you need to, you should use the restroom and get some water.
Just don't drink a glass or something for obvious reasons.


When your LD ends wake up, and DO NOT GO BACK TO SLEEP, no matter what. Even if you feel that you could WILD again just DON'T, because all that dream imagery you just saw and heard would be deleted, you should also remember to do a reality check or two right after you wake to catch any pesky false awakenings Write down your LD and have a good time reminiscing about it all day long (again, don't go back to sleep no matter what. when you get up the next morning [even if you only sleep for 20 minutes] that amazing LD you just had will feel like it was just a normal dream, foggy and broken.


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IMPORTANT NOTES:
These are things I might not have put into that huge lump of text. Have a regular sleep schedule; this helps LDing in every method Reality check all the time, anytime you see something that's either "wrong", just slightly odd, or unexpected... do reality checks, and really test your reality, think about what could happen if it were a dream (think happy things not nightmarish scenarios) do a nose reality check and then look at the back of your hand a few times to see if you have six fingers
The days before you WILD work out a scenario for what your going to do, what I used to do (and still occasionally do) is the day before WILDing I think about exactly what I'm going to do in the LD such as: "get out of my dream-bed, do a reality check to see I'm dreaming, focus on hand, focus on sound, jump out of window and fly to work, tell boss off, punch boss, attack co-workers, etc.". (This isn't at all necessary but it gets you fired up for the WILD).
go through exactly what your going to do over and over the day and night before you WILD until you have it totally set in your mind, when you wake up to WILD go through it in your head maybe once, but don't think about it too much or you'll have problems focusing when your WILDing.
Do reality checks alot during the 5-70 mins before your WILD Don't eat during the 5-70 minutes your up before WILDing. If you do, The WILD will likely be harder (not sure why, I think it has to do with their being a taste in your mouth as your WILDing, thus drawing your attention to this world, which in affect makes it harder for your subconscious to create a fake world. or maybe its just a mental handicap I've put on myself, I've never been able to WILD after eating.)
If you feel an itch or start to feel super uncomfortable during your WILD, DO NOT MOVE, it will go away very quickly if you just focus more on doing to the WILD (ie. breathing in and relaxing further)
In the event that you were to move then just go ahead and roll over and hope you get a DILD In the middle of WILDing some people say that they suddenly feel their pulse rising exponentially, don't get freaked out.
Keep in mind that anything you experience is totally natural and happens EVERY TIME you go to sleep at night, it's just when your WILDing you get to consciously spectate


QUESTIONS AND ANSWERS:


Ok I'm gonna put some common questions that almost every noob asks in here, and ill try to into depth about the answers.


Q) How do I know when I should begin WILDing after my 5-7 hrs of sleep?


A) This is one of those questions that everyone asks and almost no one knows the answer to. The truth is, you don't know when to go back to your bed for WILDing, this alone is the reason why so many noobs have trouble with the WILD method.
Finding your target amount of time to stay awake before WILDing can take quite a few nights worth of failures (its worth it though, because once you find it you can use it indefinitely).
Anyway, here's how I first found my target wake time; it took me about a week: I went to bed at a set time every night and got up to WILD at a set time (went to bed at 8 PM and got up at 3 AM) this will change for everyone so just set a time where when you get up for your WILD in the night you still have 2 hrs of total darkness (i.e. if the sun is rising at 6 AM get up at 4 AM).
Now that you've been going to bed for the past 3 nights at say, 8 PM and getting up at exactly 6 AM every morning (without the WILD in-between) you can begin to find your target WILDing time. Go to bed at 8PM at get up at 3 AM (again your hours will likely be different just be sure that you have 5-7 hrs of sleep before you get up to WILD [excluding an added 30 mins of relaxation after you get in bed] ). Now when you wake up to WILD, stay up for 30 minutes without cola or any substances to wake you up, then go to bed and WILD. If you find that you almost instantly become incapacitated and fall asleep then up your time to an hour, but if you find that you're TOO awake to WILD (you lay there doing your technique until its time to get up in the morning) then you should down your time by up to 10 minutes. Keep adding and taking away minutes in 10-minute increments until you find a time where you can lay doing the technique for at least an hour and by then you should have had a WILD anyway.


Q) Is it possible to WILD before sleep?


A) This all depends on the person. Some people have reported only being able to WILD before sleep, some only after sleep. Others say they can WILD at will- that there's no difference in WILDing before or after sleep.
Personally I've WILDed both before and after sleeping. It was just a little harder to do before I slept (not impossible). Still I only do it after sleeping. The WILDs themselves are much longer, more vivid, and more coherent.
Ok that's about it, hope I helped


Method number 1: Concentration Induced WILD


For starters, you absolutely should NOT be waiting for HI or any other thing that people say they see, I myself rarely feel SP or see HI, I don't "see" anything because I'm so focused on my breathing.

Lay on your back in a comfortable position, make sure there's no pressure points on your body that are going to interfere with your relaxation (ie. a pillow that's making a slight dull ache on the back of your head or something like that). now that your in a comfortable position make sure your arms aren't laying on your body and begin to breathe deeply through your mouth (by deeply I don't mean try and suck in as much air as you can, but rather as much as feels comfortable. Also, you want to stimulate a slight {note the use of the word slight} noise when you breathe in {don't try to be totally silent as your sucking in}) as you breathe in say in your head "one", then as you breathe out say "I'm dreaming". As you breathe in and say the number your at, its helpful (for me) to see the number scrolling into my view with the numbers before and after it on the top and bottom of it (try to see all this as your saying the number) also try and see the words "I'm dreaming" appear and fade out in your head as you say them.
You only have to see them until you get to about number 100-150, then you'll find that its much easier to concentrate and not have random thoughts pop into your head by just listening to yourself say the words.

You will have trouble concentrating at first, if you ever find your mind wondering off thinking about what you watched on TV last night or something random just put more force into saying the number and sentence, If ever you feel that nothings happening just keep in mind that your body hasn't moved for X amount of time, thus SP is closer than ever.

Keep doing this until your in the LD. Don't get discouraged if you count to like 400 or something, that just means the WILDs 400 breaths closer

Look at the entire WILD like this:

your mind doesn't get any stimulus from you saying stuff like: "move my eyes" or "reposition my left arm". your mind doesn't get any commands to move your body for so long that it says: "wtf he must have fallen asleep or something" and goes into SP.

Also, (just so you know) the reason your focusing on your breathing is to keep your mind awake and aware (If you didn't have something you were concentrating on you would begin to think about random meaningless thoughts that would lead to you losing consciousness)

Eventually you will find yourself experiencing one of the following, this will tell you that your entering a dream:
falling through your mattress and landing on your dream-bed.
suddenly finding yourself standing up in the middle of some random dream location fully aware of your lucid state (a massive eternal field of flowers for example).
seeing a light in your vision and suddenly being pulled towards it at what feels like an extremely fast speed.
Suddenly you find that your eyes are open and your sleepmask gone

You feel a single wave of energy pulse through your body, suddenly you feel revived and like you just cant WILD anymore

You don't feel anything at all, you just have to risk all and do a reality check (this is very uncommon, remember that if you do a reality check then your giving up all chances of having a successful WILD after that. {in the event that it says your not asleep})

(those are just a few, the experience varies with the person)



Method number 2:The Third Eye WILD


Lay on your back in a comfortable position, once you get good and ready tell yourself "I will not move until I make it into a dream"
This promise is important, if ever you move after saying this, you pretty much void all the time you've spent relaxing your body (thus making sleep paralysis farther away).

Now that your laying down on your back in a comfortable position, its time to begin the method.
I've outlined it in two easy to read steps ():

Step One:

Bring your body into a state of total relaxation and freedom from your inner voice, you can do this many ways but the one that I've found to be most efficient is as follows:
(note: your not trying for vibrations, or magical balls of light to be floating around your vision, your merely trying to relax as much (and more than) the amount your body is capable of relaxing)

my relaxing method: begin to clear your mind, do this by counting off your breaths (ie. "breathe in, breathe out- one" "breathe in, breathe out- two" etc) every time you notice your mind is wandering focus harder on the numbers your counting off.
Keep doing this until your mind is free from crazy thoughts and rampant worries (it usually takes me about 10- 20 minutes, or about when I reach my 300th breath out, this may vary for everyone, but its best to at least count to 300 (I've been doing it every other night for 13 months and it takes me to 300 before I'm "there")

Step Two:

Now your body and mind are in a tranquil state of awareness. your mind is calm, your body numbing, at this point all there is in this world is your body, your not thinking about whats going on around you or anything other than that. DON'T TRY TO BECOME MORE AWARE If you did what I just told you to do in step one, then your mind should be free of thoughts, the serenity of it will be amazing. you wont be thinking verbally, but in thought packets, that you can't hear (sounds odd now, but its totally natural when its happening, if you don't experience this then go back to counting off your breaths until your mind is free of thoughts. then continue this step).
Anyway here's your task, do it, and you'll be thrown into an LD:

task: continue to only think about relaxing your body, your no longer counting your breaths, but your still noticing them. every time you breathe out make your body more numb/relaxed than it was before.

Do this for a little while (not being too excited about whats happening, but still relaxing with every breath out) eventually you'll start seeing vivid images in your head, these go on for a little while (you've stopped focusing on your body but your still trying to relax when you breathe out) eventually these HI will be extremely vivid (I can't give you a time-frame because this state of mind is timeless, your breaths blend into one another and you lose all perception of time and space), you'll see a random object, maybe it'll be a cup, or a lollipop. suddenly that cup/ Lolly will be setting on a table or on the ground or something (it'll be more than seeing it in your head, its more of your looking at it with your eyes) This is when you have to start thinking a little bit.

the cup is now sitting on the ground, notice what type of ground its one (ie. "oh the cups on cement") the trick is to not say "the cup will be sitting on grass" or something like that. Your not making the scene, the scene is being built in front of you. you just have to stay conscious while this is happening.

This all happens in an instant. you'll see a cup, then the cups sitting on the ground, then you suddenly (without conscious action) look up and see a bouncing highway, then you realize your legs are moving, and finally your fully in, it turns out that the scene you just watched being created was you taking an afternoon jog down the sidewalk in front of your house. your now in a lucid dream, you can do anything your heart desires



Method number 3:Make your own method- method

(use this only if the other two don't work, it's basicly a last resort.)

This isn't so much a method as a way of making your own method. It's the simple rules that lay at the core of every WILDing technique.
Here's the rules for you, I'll explain them as I state them:


Find a way to relax your body to a point where it can no longer relax further.
Theres alot of ways to do this.
This is the first thing you do as you WILD, relax totally, then start your technique


Don't move during your WILD
basically you can't move at all after you lay down and say "I'm starting my WILD right now".
If you move, you stave off Sleep paralysis


Don't be thinking about What your going to do when you get into the dream as your WILDing. (or about anything else)
Thoughts about what happens when you enter the dream, or about what Jimbob's doing right now break the concentration that you must have to WILD, you can't be thinking "I can't wait to get into the dream" or "I wonder if I'm in SP yet" or anything like that at all


Find one thing to concentrate on.
This can be your breathing, a vivid mental image, a tactile sensation, basicly anything thats either very repetitive (ex. your breathing), very unchanging (ex. a mental image of a lighter sitting on a table), or both.
The key to this is that you have to really concentrate on this one thing nonstop throughout your entire WILD. never changing it (in other words don't go from seeing a lighter on a table to focusing to your breathing halfway through the WILD).



so there you have it, the base of all WILDs